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Alunos de escolas portuguesas participam nas Olimpíadas de alemão

Dois alunos de escolas públicas portuguesas participam, até sábado, na “Olympiade”, as Olimpíadas Internacionais de Alemão, que ao longo de duas semanas juntará 148 estudantes de 74 países.

Cada país pode levar a este concurso internacional dois representantes que tenham entre 14 e 19 anos, e em que se avalia além da competência linguística, a competência intercultural e o espírito de equipa.

Nesta edição participam os alunos Catarina Alves, da escola secundária Padrão da Légua, no Porto, e João Martins, da escola secundária Domingos Rebelo, de Ponta Delgada, nos Açores, ambos de 17 anos e que já terminaram o 11.º ano.

João Martins começou a aprender alemão quando chegou a Portugal, há dois anos, vindo do Brasil e recorda que as primeiras palavras que aprendeu foram marcas de carros.

“Foi a forma da minha professora me explicar como funciona a fonética da língua”, disse, reconhecendo que o idioma pode assustar, mas hoje em dia confessa que o alemão é uma das suas disciplinas preferidas.

“É uma das minhas matérias preferidas na escola, é das poucas que não me aborrece, vou (às aulas) e gosto de aprender”, afirmou.

Para viajar até Friburgo os alunos das escolas portuguesas tiveram que se submeter a um teste e dos 15 concorrentes foram escolhidos dois.

João Martins conta que “foi um teste muito simples”.

“Primeiro tive uma prova de compreensão oral, depois de compreensão escrita e, no final, uma apresentação sobre o tema ‘Amigos’”, explicou.

A acompanhar os dois alunos está a professora Rosinda Vieira, da escola secundária Padrão da Légua, no Porto.

Docente há 38 anos, diz que, ao contrário do inglês, “que muita gente já sabe”, o alemão “é uma língua de oportunidades, atendendo ao poderio económico que a Alemanha tem”.

Apesar de ser “complicado e trabalhoso, o alemão pode abrir muitas portas”, acrescenta Rosinda Vieira, que justifica a ausência do alemão em muitas escolas porque “o curso de Humanidades não é muito procurado, e a maior parte dos alunos ainda escolhe as disciplinas que lhes proporcionem melhores notas ou que sejam mais fáceis”.

Alunos e professores têm diferentes atividades durante as duas semanas de Olimpíadas.

“Na primeira semana houve uma espécie de preparação com ‘workshops’, por exemplo, em que nos ajudam a fazer uma apresentação oral”, explicou João Martins. Há várias tarefas de grupo como entrevistas na rua a moradores locais, colagens, colaborações com estudantes de arte, entre outras.

Os vencedores vão ser conhecidos na sexta-feira, numa cerimónia em Friburgo.

Para a professora Rosinda Vieira, “os alunos já ganharam ao poder estar aqui. Dá-lhes uma visão do mundo fantástica”.

João Martins diz que conquistou “novos amigos de culturas diferentes”.

“A cultura alemã que eu pude conhecer mais de perto e o meu alemão que melhorou muito”, adiantou.

As Olimpíadas Internacionais de Alemão existem desde 2008, foram criadas pela Associação Internacional de Professores de Alemão (IDV) e pelo Instituto Goethe.

Decorre a cada dois anos e já passou pelas cidades de Dresden, Hamburgo, Frankfurt e Berlim, sendo esta a segunda vez que Portugal está na competição.

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