Isto é que é lindo!
Vêm estes senhores ministros, no caso o digníssimo senhor Vieira da Silva, que carrega as pastas do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, todo ufano dizer que pretende aumentar o salário mínimo nacional (SMN) em vinte euritos.
Ou seja: dos feéricos 580 euritos que um trabalhador leva para casa (ou deixa-o logo pelo caminho) depois de mourejar um mesito, passa para 600. A Função Pública, essa, na mesma categoria, passa 635 eurozitos.
Muito bem. De seguida vem… vem o aumento generalizado de toda e quanta coisa, e aos costumes isso reportar-se-á à concretização já, já daqui a meia dúzia de dias em 2019, evidentemente.
E isto quer dizer o quê? Que por vermos uma quantiazinha maior, papalvozitos que somos, e que pretende de modo não tentado, mas de prática, chamar-nos palúrdios? Vítimas de embuste velado com um atestadozinho de menoridade? De parvos mesmo! Não de burros, porque o equus asinus não merece tão mau trato.
Por mim não vejo que seja exangue o valor do primeiro SMN instaurado com a revolução dos cravos: 3.300 escudos (16,46 euros na moeda de hoje), se os valores do custo de vida e a respectiva carestia se mantivessem.
Tudo para amarrar o burrito até novas eleições.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)