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Vamos falar de bullying

Em regra, ao falar de bullying, salta logo à mente, os abusos que as crianças mais tímidas, sofrem na escola, por parte de colegas mais velhos; ou de grupos de crianças, que se divertem a molestar e chacotear vitimas, do complexo de inferioridade.

Mas bullying não acontece apenas com crianças e adolescentes. Há, também, bullying, quando os colegiais percebem que o mestre não tem personalidade forte ou sofre de tiques involuntários. Professores há, que são vítimas de alunos, que os levam a tratamentos psiquiátricos.

Em geral, quase todo adolescente – e não só, – sente particular prazer em amesquinhar. Verifica-se isso, nas praxes estudantis, e em locais de trabalho, onde trabalhadores são zombados. Zombarias e violências, que fazem recordar, quantas vezes, o tratamento que os antigos feitores davam aos operários, em épocas esclavagistas.

Num estudo, realizado por Pedro Norton, do Instituto de Saúde Publica da Universidade do Porto, o investigador, assevera, que, em 12 profissionais de saúde, um é vítima de bullying.

Essas práticas passam, muitas vezes, despercebidas, como: isolar o trabalhador; afastá-lo do local de trabalho, sem motivo; ou deslocá-lo, como o vulgo diz, para a “ prateleira”

Nem sempre esses atos são para humilhar; mas, sim, com o fim de colocar, no seu lugar, camarada do partido político ou familiar de intimo amigo.

Os prémios de produção, que deviam ser entregues aos que demonstram interesse e dedicação à empresa, tornam-se, em certas ocasiões, “armas” de amesquinhamento, quando concedidos a quem não os merece, por camaradagem política ou troca de favores.

No referido estudo, o investigador Pedro Norton, refere-se à classe de enfermagem, mas, não quer dizer, que não haja ocorrência semelhante, noutras árias.

As recentes leis de trabalho, permitindo contratos temporários, renovados por decisão dos chefes locais, facilitam a proliferação de casos de bullying.

Mas – baseando-me no estudo citado, – parece não ser o nosso país (Portugal) o pior em casos de bullying, pelo menos no que se refere a profissionais de saúde.

Seria, todavia, interessante, que fosse realizado, também, estudos a outras profissões. Quem sabe, se não se encontrariam casos preocupantes, dignos de sérias medidas de proteção?

Quem sabe?!

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