Não tem gaivotas este céu
Nem a luz irradiante de Lisboa
Mas nasceu límpido sem véu
E nem a passarada nele destoa
É um lugar mais a norte
Onde o mar não tem morada
Tem uma brisa que com sorte
Não traz a gélida nortada
Pelas calçadas soam em passeios
Línguas e usos de tantos lugares
Correram mundo por muitos meios
Que é difícil identificar olhares
Tanta e tão variada é a gente
Talvez por isso
não me sinto diferente
Paula Sá Carvalho, Agosto 2018
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