1. Colocar-se no lugar do outro:
Dois irmãos gémeos receberam presentes no Natal. Um deles era pessimista, e recebeu uma bicicleta. O outro era optimista, e recebeu uma caixa cheia de bosta de cavalo. Os dois irmãos conversavam sobre os presentes recebidos, e o irmão pessimista disse;
— Que chato! Agora que eu recebi uma bicicleta, eu vou cair, vou quebrar os meus dentes e a minha cabeça. Mas pior é você, né, mano, que recebeu uma caixa com bosta de cavalo…
E o irmão optimista lhe respondeu:
— Você está enganado, mano. Na verdade eu recebi um cavalo, mas ainda não sei onde ele está…
2. Avaliar diferentes perspectivas
Dizem que o optimista inventou o avião, e o pessimista inventou o pára-quedas…
3. Compreender metáforas
Imagine que o seu psicólogo e você são dois alpinistas, cada um subindo por uma montanha diferente, mas próximas. O psicólogo pode ver um caminho que pode ajudá-lo a subir melhor a sua montanha, mas não porque seja mais esperto que você, nem porque já a tenha escalado antes, mas porque está numa posição onde pode ver coisas que você agora não consegue ver. Mesmo que o psicólogo lhe indique o caminho, é você quem deverá subir a montanha.
Os pensamentos negativos são como quando funde uma lâmpada ou a luz falha? Entramos no quarto e, mesmo sabendo que a luz não irá acender, apertamos o interruptor. É algo que está incorporado e automatizado.
4. Compreender histórias
Era uma vez uma linda carochinha, que encontrou cinco réis enquanto varria a cozinha.
Com o dinheiro, foi comprar uns brincos, um colar e um anel, pôs-se à janela a perguntar:
– Quem quer casar com a carochinha que é tão linda e engraçadinha?
Passou um burro e respondeu:
– Quero eu!
– Como te chamas?
– Chamo-me im om, im om, im om.
– Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito feia.
A carochinha voltou a perguntar:
– Quem quer casar com a carochinha que é tão linda e engraçadinha?
Passou um cão e respondeu:
– Quero eu!
– Como te chamas?
– Ão, ão, ão.
– Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito grossa.
A carochinha voltou a perguntar:
– Quem quer casar com a carochinha que é tão linda e engraçadinha?
Passou um gato e respondeu:
– Quero eu!
– Como te chamas?
– Miau, miau, miau.
– Eu não gosto de ti porque tens uma voz muito fina.
A carochinha voltou a perguntar:
– Quem quer casar com a carochinha que é tão linda e engraçadinha?
Passou um rato e respondeu:
– Quero eu!
– Como te chamas?
– Chamo-me João Ratão.
– Tu sim, tens uma voz bonita, quero casar contigo.
A Carochinha convidou-o a entrar, pois tinham muito que conversar e uma data de casamento para marcar. Enviaram os convites, compraram a roupa e prepararam a boda a rigor com o senhor prior.
Domingo era o grande dia! A noiva foi a última a entrar na igreja e estava linda, de causar inveja. O João Ratão estava orgulhoso mas também muito nervoso. Trocaram juras de amor eterno e, no fim, choveu porque era Inverno.
Foi então que o João Ratão se lembrou da viagem ao Japão. Correu para casa, porque se tinha esquecido das luvas, mas sentiu um cheirinho gostoso e, acabou por ir espreitar o caldeirão. Pouco depois, a Carochinha achou melhor ir procurar o marido que estava a demorar.
– João Ratão, encontraste as luvas? chamou ela ao entrar.
Procurou, procurou quando chegou perto do caldeirão, quase desmaiou e gritou:
Ai o meu João Ratão, cozido e assado no caldeirão!
E assim acaba a história da linda Carochinha, que ficou sem o João Ratão, pois era guloso e caiu no caldeirão.
5. Compreender frases com humor
Odeio quem diz “estou a chegar”, quando ainda nem saiu de casa.
Siga o seu sonho. Continue a dormir.
Nossa, que linda a sua foto! Pena que eu já te vi pessoalmente…
6. Compreender frases com sentido implícito
Amor e tosse, impossível ocultá-los.
Quem quer a guerra está em guerra consigo.
O segredo da felicidade é escolher a comédia e largar o drama.
7. Compreender ditados populares
Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca.
Mente vazia, oficina do diabo.
Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender.