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Sem profissionais de saúde da Madeira sistema britânico entrava em colapso afirma Albuquerque

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta quarta-feirs que sem os profissionais da área da saúde que estão a trabalhar no Reino Unido o sistema britânico iria entrar “em colapso”.

O governante madeirense falava aos jornalistas em Câmara de Lobos, à margem da cerimónia de entrega de 40 apoios de entre as 80 candidaturas apresentadas no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODERAM 2010), que representam um investimento na ordem dos 500 mil euros.

Quando questionado sobre se o impacto do denominado caso Skripal poderá afetar a significativa comunidade de emigrantes madeirenses no Reino Unido, Miguel Albuquerque afirmou sublinhou que “não tem qualquer implicação” e perspetivou que “não vai haver nenhum problema”.

Segundo o governante, a comunidade madeirense “está bem integrada” e até é “fundamental” para aquele país.

“Por exemplo, o serviço de saúde britânico, se não fossem os nossos profissionais de saúde que estão lá a trabalhar, entrava em colapso”, vincou.

O presidente do Governo Regional referiu também que Portugal está “num quadro europeu e de aliados da NATO” (sigla inglesa para Organização do Tratado Atlântico Norte).

“Acho que Portugal não tem de ter uma posição seguidista relativamente a qualquer país”, disse.

Em 14 de março, o Reino Unido anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais com a Rússia, em resposta ao envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal com um gás neurotóxico no dia 04 de março, na cidade inglesa de Salisbury.

Sobre os apoios concedidos hoje (com fundos comunitários), o governante salientou a importância dos pequenos investimentos em infraestruturas, como pequenas obras de reparação e melhorias dos poços de rega de pequenas explorações que permitem “melhorar a exploração agrícola a potenciar o valor dos produtos”.

O social-democrata defendeu a importância de a Madeira, enquanto região ultraperiférica, integrar a União Europeia, e considerou que poderá ser necessário, no futuro, “repensar os fundos comunitários”.

Para o Governo da Madeira, é também necessário ultrapassar o preconceito das pequenas produções agrícolas, pelo que Miguel Albuquerque deu como exemplo o caso da Holanda, um país pequeno que é um dos principais produtores de flores.

“A questão da pequena dimensão não pode ser desculpa para não fazer o que tem de ser feito”, disse, apontando que os dados de 2016 comprovam que a agricultura neste arquipélago “não é assim tão residual”, porque apresentou resultados na ordem dos 60,1 milhões de euros.

Por isso, afirmou, é preciso “trabalhar com sentido prospetivo e aproveitar os fundos do quadro 2020”, que está em fase de negociação, para a região poder continuar “a apoiar dos fatores produtivos” e esta atividade, que é uma “fonte complementar de rendimento” para muitas famílias”.

Na Madeira há 11 mil pessoas que se dedicam à agricultura.

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