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Portugal quer colocar investigadores nas missões diplomáticas

O Governo pretende colocar investigadores-doutorados em missões diplomáticas de Portugal no estrangeiro, onde atuarão como conselheiros científicos, avançou o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor.

O ministro falava à imprensa, após a reunião de Conselho de Ministros, que aprovou orientações para a internacionalização do ensino superior, da ciência e da tecnologia, em articulação com “as demais políticas públicas de internacionalização” e envolvendo as instituições universitárias e científicas.

A concretizar-se a medida, caberá à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), principal entidade, na dependência do Governo, que subsidia a investigação em Portugal, proceder à colocação de conselheiros científicos nas missões diplomáticas.

O Governo definiu, ainda, como metas a internacionalização do ensino universitário e politécnico e da investigação científica e tecnológica em Portugal, com as iniciativas “Study in Portugal” (Estudar em Portugal, em tradução livre) e “Research in Portugal” (Investigar em Portugal).

As iniciativas, de caráter de divulgação, e que visam captar o interesse de jovens em estudar e fazer investigação em Portugal, serão desenvolvidas pela Direção-Geral de Ensino Superior (“Study in Portugal”) e pela FCT (“Research in Portugal”), em colaboração com as embaixadas, precisou à Lusa o ministro.

Aos jornalistas, no final da reunião do Conselho de Ministros, Manuel Heitor mencionou também o aceleramento do processo, em curso, de obtenção de vistos para estudantes e investigadores estrangeiros em Portugal.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, em colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, propõe-se desenvolver ações para a promoção científica na Ásia e nos países lusófonos e para a cooperação científica e tecnológica com os países do Sul da Europa e do Norte de África.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior disse à Lusa que o Centro Científico e Cultural de Macau irá promover, em 2017, um programa para a divulgação, na China, na Coreia do Sul, no Japão e na Índia, da investigação sobre cultura científica e história das ciências.

O executivo promete reformular o centro UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para a formação avançada de cientistas em português, de forma a que possa funcionar como uma “rede de instituições académicas” que reforce “a capacitação científica” dos países africanos lusófonos.

A tutela pretende também atrair investimento internacional e fixar investigadores estrangeiros em Portugal.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, referiu, aos jornalistas, que a FCT irá lançar, em articulação com as embaixadas e os consulados, a iniciativa “SPYDER Portugal”, que visa, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, valorizar o “relacionamento com as comunidades académicas e científicas portuguesas residentes no estrangeiro”.

Em declarações à Lusa, o ministro adiantou que a ideia é “estimular os contactos” com essas comunidades.

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