Um FC Porto limitado a 20 minutos de ‘futebol’ foi punido com a habitual derrota em Inglaterra, agora por 1-0 frente ao campeão Leicester, com golo do ‘inevitável’ Slimani na Liga dos Campeões.
Com o sétimo golo em nove jogos frente aos ‘dragões’, o avançado ex-Sporting revelou-se decisivo a castigar uma equipa que só a partir dos 70 minutos mostrou futebol para tentar o primeiro triunfo da sua história em solo inglês: a maldição persiste e num balanço negativo de dois empates e 15 derrotas.
Durante demasiado tempo, o FC Porto foi controlado por uma equipa muito aguerrida, que, no fim, soube sofrer quando os portugueses, finalmente, assumiram o comando do jogo, mas sem a estrelinha para o empate, que fizerem por merecer.
Com o desaire, o FC Porto caiu para o terceiro lugar com apenas um ponto, enquanto o Leicester tem seis, o surpreendente Copenhaga quatro (empatou na Invicta) e o Brugge ainda sem qualquer ponto.
Quando, logo aos três minutos, André Silva fez um longo ‘chapéu’ a Schmeichel, que errou o alvo por muito pouco, presumia-se que os portistas poderiam impor a qualidade do futebol tecnicista frente ao atual 12.º do campeonato inglês, mas o ritmo dos britânicos foi demasiado alucinante para os lusos.
Aos 10, Felipe, de cabeça, quase fez autogolo e, na resposta, foi Adrian a falhar a emenda a cruzamento de Layun, no minuto mais emocionante de um desafio com poucas oportunidades.
Ao futebol mais pausado, pensado e pouco objetivo dos portugueses, respondia o Leicester com um jogo mais físico e direto e que, aos 25, resultou em golo, com Mahrez a cruzar e o ‘inevitável’ Slimani a antecipar-se a Felipe e a cabecear para o tento decisivo.
Com um jogo previsível e pouco acutilante, os portistas não conseguiam reagir, limitando-se a um livre direto de Layun (35), rente ao poste direito.
O descanso ditou um FC Porto mais ambicioso e controlador no segundo tempo, embora isso não se traduzisse em oportunidades, exceto um livre de Alex Telles (55), perigoso, mas por cima.
Casillas (59) negou o golo a Mahrez, num período em que a intensidade do Leicester – lutou sempre como se disputasse o lance decisivo – valia mais do que a arte fugaz da equipa de Nuno Espírito Santo, incapaz de dominar ou criar objetivo perigo.
O figurino do desafio mudou apenas por volta dos 70 minutos, com a entrada de Diogo Jota, Herrera e Corona, que mexeram com a equipa e tiveram as melhores oportunidades, ainda assim insuficiente para mudar a sina em solo inglês.
Com 12-6 em remates, os portistas estavam claramente por cima, mas, na melhor oportunidade para o empate, Corona (88) atirou ao poste, com o guarda-redes Schmeichel fora da baliza.