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Morreu polícia que substituiu reféns no ataque de Trèbes

Arnaud Beltrame, de 44 anos, estava a lutar pela vida no hospital desde o ataque terrorista, onde tomou voluntariamente o lugar de uma refém no supermercado Super U em Trèbes, França.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem ao oficial declarando que “caiu como um herói” nos ataques perpetrados sexta-feira no sudoeste de França e merece “a admiração da nação inteira”. O tenente-coronel Beltrame ofereceu-se em troca da libertação de reféns ao ‘jihadista’ autor dos ataques de Trèbes e Carcassonne, dando “provas de uma coragem e de uma abnegação excecionais”, acrescentou Macron em comunicado.

Pouco antes, a morte do oficial tinha sido anunciada pelo ministro do Interior francês, Gérard Collomb, na sua conta da rede social Twitter. “O tenente-coronel Arnaud Beltrame deixou-nos. Morreu pela pátria. Nunca a França esquecerá o seu heroísmo, a sua bravura, o seu sacrifício”, escreveu o ministro. “De coração pesado, encaminho o apoio do país inteiro à sua família, aos seus amigos e aos seus companheiros” da polícia, acrescentou.

Os ataques desta sexta-feira, 23 de março, ocorreram em Carcassonne e Trèbes, no sul de França e provocaram cinco mortos, incluindo o atacante, que foi abatido pelas autoridades.

O autor do ataque, identificado como Redouane Lakdim, 25 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico (EI). Antes, roubou um automóvel em Carcassonne e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação.

Arnaud Beltrame, que acabou por falecer no hospital por causa dos ferimentos, integrava a equipa de agentes que primeiro chegou ao local do sequestro. A maioria das pessoas no supermercado conseguiu fugir depois de encontrar refúgio numa sala frigorífica, acabando por escapar através de uma porta de emergência. O agente ofereceu-se para tomar o lugar de uma pessoa que ainda estava refém do atacante, o que veio a acontecer. Na troca, o agente deixou o seu telemóvel em cima de uma a mesa com a linha aberta, permitindo às autoridades acompanhar o que se passava no interior o edifício. Quando a equipa de intervenção entrou no local para matar o atacante, Beltrame foi atingido três vezes, segundo a polícia.

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