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Lusodescendente vence prémio de Belas Artes em França

O arquiteto e artista Didier Fiúza Faustino recebeu o prémio de arquitetura da Academia de Belas Artes Pierre Cardin, que todos os anos distingue os talentos dos jovens artistas que atuam em França em diferentes áreas.

“Fiquei ‘super’ surpreendido. Não estava a contar com a academia de Belas Artes. Vem dos mestres das artes, que refletem sobre as disciplinas e foi uma surpresa completa”, afirmou Didier Fiúza Faustino, arquieteto de ascendência portuguesa, em declarações à Lusa.

O luso-descendente tem trabalhado em projetos de arquitetura e instalações de arte em França, Portugal e outros pontos do Mundo, ligando as suas obras à intervenção social e a problemáticas como as migrações.

Uma das suas primeiras obras foi “Body in transit”, apresentada na bienal de Veneza de 2000, onde concebeu uma mala para transportar pessoas em aviões, num protesto contra as políticas anti-imigração.

Mais tarde, em 2006, criou “One Square Meter House”, uma casa de um metro quadrado apresentada em Paris.

O seu projeto mais recente é o “XYZ Lounge”, na Bélgica, um bar/restaurante com 360 m2.

Em 2011, esteve no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (Coleção Moderna – Museu Calouste Gulbenkian) com exposição “Don’t Trust Architects”, que envolveu obras completamente inéditas como “Future Will Be a Remake”, “Trust me” e “Flatland”, e outras como a vídeo instalação “Exploring Dead Buildings” e a escultura “Blank Architecture”.

Apesar de surpreendido com o prémio, Fiúza Faustino considera que se trata de uma “confirmação” do seu percurso. “É uma confirmação. Já tive alguns prémios e faço parte de uma vanguarda de pensamento em França”, disse o arquiteto.

Em 2001, Didier Fiúza Faustino ganhou o prémio Tabaqueira e, em 2010, recebeu o Prémio Dejean da Academia de Arquitectura de França.

Atualmente, o luso-descendente prepara diversos projetos como um alojamento para estudantes em Leiria, uma vivenda no Algarve e coopera ainda em projetos para a construção de novos edifícios, depois dos fortes terramotos que assolaram o México, em 2017.

Os prémios Pierre Cardin são atribuídos pela Academia de Belas Artes de França e distinguem anualmente os jovens talentos da pintura, escultura, arquitetura, gravura, composição e cinema, tendo um valor aproximado de 7.500 euros.

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