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Ligação da Delta entre Nova Iorque e Ponta Delgada pode gerar cerca de 16 milhões de euros

O presidente da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) estima que o impacto económico da ligação aérea entre Nova Iorque e Ponta Delgada por parte da Delta Airlines possa atingir os 16 milhões de euros.

A companhia norte-americana Delta Airlines vai passar a voar para os Açores ligando Ponta Delgada ao Aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, arrancando a operação na sexta-feira e contemplando cinco voos por semana com um Boeing 757-200ER, com capacidade para 199 passageiros.

Mário Fortuna, em declarações à agência Lusa, referiu que, partindo do princípio que esta ligação irá gerar mil visitantes, que realizarão uma estadia de cinco dias, durante quatro meses, estima que serão 120 mil as dormidas, a cerca de 100 euros, atingindo, assim, os proveitos 12 milhões de euros.

Admitindo que só se atinja 50% deste valor, o responsável pela CCIA considera que seis milhões de euros é um “valor razoavelmente conservador” para o impacto na economia dos Açores.

Para o também economista e professor universitário, se for tido em consideração o impacto da operação da Delta Airlines na geração de riqueza, “há que considerar efeitos multiplicativos” que podem fazer este valor chegar aos 16 milhões de euros.

O empresário de Ponta Delgada salvaguarda que esta iniciativa da Delta Airlines pode valer não apenas pelo impacto inicial da operação, mas sim pelo que pode representar para o futuro do turismo dos Açores.

Mário Fortuna considera que a ligação com Nova Iorque “implica a abertura dos Açores a um mundo diferente” porque esta é a primeira companhia aérea norte-americana a voar para a região.

Para o dirigente do tecido empresarial regional está-se perante uma “nova realidade muito positiva” e uma oportunidade que “é necessário saber agarrar para deixar uma primeira boa impressão a quem visita” o arquipélago, adiantando o mercado norte-americano tem um grande potencial resultante da sua dimensão.

Questionado sobre se os Açores estão preparados para este perfil de turista mais exigente, Mário Fortuna, que destaca a sua grande capacidade de compra dos norte-americanos, não esconde alguma apreensão face ao seu critério de exigência.

Apesar de se ter feito um “trabalho apurado para preparar” os trabalhadores do setor do turismo, o líder da CCIA admite “alguma fragilidade”, mas está “esperançado que tudo vai correr bem” e que será possível estender esta operação da Delta Airlines pelos 12 meses do ano.

Com a ligação entre Nova Iorque e Ponta Delgada, a Azores Airlines, que opera para Boston, perde o monopólio da ligação com os Estados Unidos.

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