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Lembra-se dos Mão Morta?

Os Mão Morta iniciam no sábado, no festival Rock Nordeste, em Vila Real, uma série de concertos de celebração dos 25 anos do álbum “Mutantes S.21”, sem revivalismos ou nostalgia, como contou à agência Lusa Adolfo Luxúria Canibal.

Esta será a primeira vez que o grupo rock irá tocar na íntegra os temas de “Mutantes S.21”, aos quais juntará outros que se enquadram na temática do álbum. O concerto terá uma componente visual específica, de João Martinho Moura, a partir de ilustrações encomendadas a 15 ilustradores portugueses.

Adolfo Luxúria Canibal admitiu que os Mão Morta não tinham planeado celebrar os 25 anos de um dos discos de sucesso do grupo, mas foram surgindo conversas e propostas para recordarem as canções em palco.

“Não queríamos que fosse um mero tocar do álbum passados 25 anos, não queríamos que fosse revivalista ou nostálgico. Não vamos tocar os temas exatamente iguais ao disco, até porque não faria sentido e há outras dinâmicas”, explicou o vocalista.

Além do concerto no Rock Nordeste, os Mão Morta farão apresentações de “Mutantes S.21” em julho, no 25.º festival Curtas Vila do Conde e, em agosto, nos festivais Bons Sons e Paredes de Coura – este também a celebrar 25 edições.

A 29 de setembro, o grupo atua no Teatro Aveirense, a 11 de novembro no Festival Lux Interior, em Coimbra, e, no dia 18 desse mês, na Culturgest, em Lisboa.

“Mutantes S.21” é um disco conceptual que os Mão Morta editaram no final de 1992, uma espécie de diário por várias cidades, uma por cada música, incluindo “Budapeste – Sempre a rock & rollar”, talvez uma das mais conhecidas do grupo.

Na altura, na transição do vinil para o CD, o álbum teve ainda uma edição especial limitada com banda desenhada. Daí que o grupo, 25 anos depois, tenha voltado a incluir as artes visuais nas celebrações, convidando 15 ilustradores, entre os quais Esgar Acelerado, José Carlos Costa e Raquel Costa a desenharem para cada um dos temas.

Vinte e cinco anos depois, o grupo sofreu algumas mudanças – a atual baixista, Joana Longobardi, entraria anos depois – e o panorama musical português mudou ainda mais.

“Há muito mais bandas, há menos originalidade, há menos espaço mediático, menos vendas de discos, mas há mais concertos e mais condições técnicas”, resumiu Adolfo Luxúria Canibal.

O músico recorda que “Mutantes S.21” foi um disco importante na carreira do grupo não por ter vendido mais discos, mas porque lhes deu “uma visibilidade mais alargada”.

Segundo Adolfo Luxúria Canibal, os concertos de “Mutantes S.21” serão inéditos, porque serão tocadas ao vivo, pela primeira vez, as músicas “Marraquexe (Pç. das Moscas Mortas)”, “Istambul (Um Grito)” e “Shambalah (O Reino da Luz)”.

Os Mão Morta surgiram em 1984 em Braga, fundados por Joaquim Pinto – que já não faz parte do grupo -, Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, e até hoje editaram álbuns como “Corações Felpudos” (1990), “Mutantes S.21” (1992), “Há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável” (1998) e “Pesadelo em peluche” (2010).

Atualmente, estão ainda a preparar um novo álbum de originais, sem data ainda de edição.

 

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