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Irá Portugal desaparecer?

A pergunta parece, à primeira vista, despropositada. Pode lá Portugal desaparecer ?!…; mas não é assim tão absurda. Muitos povos, que floresceram na antiguidade, desapareceram. É o caso, entre outros, da Fenícia.

E porque escolhi este titulo tão espampanante, para a minha crónica? É simples: a natalidade diminui de ano para ano.

Estudo: “ Determinantes da Fecundidade em Portugal”, realizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e o Instituto Nacional de Estatística, sob a coordenação da Universidade de Évora, realizado em 2013, revela: que o nosso país tem as mais baixos índices de fecundidade do mundo!

Se na década de “90”, a mulher portuguesa, tinha, em média, o primeiro filho, entre os 25 e 26 anos; agora é por volta dos 30 anos.

O inquérito, realizado, revela ainda que há “um adiamento notório”, tanto masculino como feminino, para adiar o nascimento do primeiro filho.

As razões apresentadas, para esse adiamento, é: o prolongamento dos estudos; problemas e dificuldades em encontrar emprego; e a saída tardia do lar paterno.

Conclui, o estudo, que 25% das mulheres pretendem ficar só com um filho; embora cerca de metade das contactadas revelem que gostariam de ter dois.

Julgo – é minha, a opinião, – que o interesse pela carreira profissional, em detrimento da família, não é apenas resultante de ideologias em voga, mas, principalmente, à falta de protecção à maternidade.

O Estado, que é rápido a legislar em matéria que a maioria da população repudia, ainda não soube, nem dá à grávida o que ela merece.

Não subsidia a mãe, que prefere ficar em casa, a criar o filho, até à idade escolar; nem beneficia, de modo substancial, as famílias numerosas.

As grávidas deveriam ter cuidados de saúde totalmente gratuitos, e receberem auxilio para despesas, que as crianças acarretam para os pais, após o nascimento.

Não é só o parto, são: papas, leite, roupas, berço, biberões, chupeta fraldas, cobertores, lençóis, banheira, carrinho, cadeirinha para carro… Eu sei lá!…Tanta coisa, que o orçamento familiar tem que arcar!…; e quase tudo a IVA de luxo!…

O que me leva a crer: ser mãe, é um luxo!

Não admira, portanto, que na maternidade – e outras coisas mais, – os portugueses esteja na cauda das estatísticas.

Em tempo: Nos ultimos dois anos há tendência, ainda que muito ligeira, de se inverter a situação. Todavia, grande parte das mães, continuam a ter idades elevadas, e o múmero de filhos é insuficiênte para manter o equilibrio desejavel.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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