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Igreja venezuelana organiza dia de jejum pela liberdade e justiça

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) convocou um dia de oração e de jejum pela liberdade, justiça e paz no país sul-americano, para “pedir a Deus que abençoe os esforços dos venezuelanos”.

Os bispos católicos recordam que a nível diocesano e paroquial foram realizadas outras iniciativas deste tipo, durante as quais “milhares de pessoas manifestaram a sua fé através de procissões, vigílias de oração, terços, para pedir a Deus o seu apoio neste momento crucial”.

A CEV lançou um apelo “urgente” ao Governo, exigindo que acabe com a “repressão desumana” das manifestações de protesto que decorrem no país sul-americano.

Os bispos pediram a anulação da Assembleia Nacional Constituinte, considerando esta proposta do Governo, em minoria no Parlamento, como “indigna” e “desnecessária”.

O jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, destaca na sua edição de hoje a “gravíssima crise política e social” na Venezuela que está a levar “dezenas de milhares de pessoas” a deixar o país, em particular rumo ao Brasil.

A Assembleia Nacional da Venezuela, onde a oposição é maioritária, promoveu uma consulta popular este domingo, que contou com a participação de 7 milhões de pessoas contra a revisão da Constituição.

Já o presidente Nicolás Maduro nega as acusações da oposição em relação à repressão de direitos e garantias da população, acusando países estrangeiros de interferência nos assuntos do país.

A Cáritas Italiana decidiu enviar um donativo de 500 mil euros para a Venezuela, denunciando a “dramática” situação da população, afetada por uma crise económica e política.

O alerta é lançado pela organização católica num dossier intitulado ‘Não ouvidos. Um povo exausto pede os seus direitos fundamentais’.

A ação da Cáritas concentra-se agora na ajuda para bens alimentares, de higiene e saúde em prol de 4800 famílias residentes em dez dioceses venezuelanas.

De acordo com dados do Observatório da Cáritas Venezuela, com uma inflação já acumulada de 700 por cento, a pobreza já afetou 82 por cento da população.

Em 2016, mais de 11 mil crianças faleceram por falta de medicamentos e a mortalidade materna aumentou cerca de 70%, adianta a Cáritas.

Mais de 90 pessoas foram assassinadas na Venezuela desde Abril, no âmbito de protestos a favor e contra o Governo do presidente Maduro.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviou uma mensagem ao arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, para condenar um ataque levado a cabo contra uma igreja, desejando que o executivo venezuelano escute o pedido de “liberdade, reconciliação e bem-estar” do povo.

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