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Gestão dos rios: China quer aprender com Portugal

A China quer aproveitar o conhecimento de Portugal na gestão dos ecossistemas ribeirinhos, disse hoje o ministro do Ambiente, considerando que será uma oportunidade para as universidades portuguesas e, mais tarde, para algumas empresas.

“A China quer beber do saber português no que respeita a uma componente específica da gestão de recursos hídricos, que tem a ver com a gestão dos ecossistemas ribeirinhos”, avançou à agência Lusa João Matos Fernandes.

O governante português encontrou-se com o ministro dos Recursos Hídricos da República Popular da China, em Brasília, onde ambos participaram no Fórum Mundial da Água.

Tudo ficou apontado para que ainda este ano, referiu o ministro, seja celebrado um protocolo de cariz institucional e técnico-científico, numa deslocação de João Matos Fernandes à China.

Este acordo, acrescentou, representa sobretudo, e em primeiro lugar, uma oportunidade para as universidades e centros de saber, as entidades que têm mais atividade desenvolvida nesta área.

No contexto da plataforma entre a China e a União Europeia (UE) para esta matéria, Portugal irá assumir “um papel de particular importância” no que diz respeito ao apoio técnico relativo à reconstrução dos ecossistemas fluviais.

João Matos Fernandes referiu que “o grande salto” no planeamento da primeira geração de planos de bacia hidrográfica em Portugal, para a segunda geração, é que “a primeira é muito focada no recurso, na água propriamente dita, [enquanto]a segunda é muito focada em todo o ecossistema”.

Com os segundos planos de bacia, aprovados em junho de 2016, “não é possível discutir-se o rio, enquanto quantidade de água, sem perceber toda a sua envolvente natural”, recordou o ministro.

Acrescentou que algumas intervenções já em curso de recuperação de ecossistemas fluviais nas zonas afetadas por incêndios, “resultam muito deste ‘know-how’ que Portugal tem e foi capaz de expressar nos seus planos de bacia”.

Trata-se de fazer uma recuperação, repondo condições naturais, que em algumas zonas já estavam degradadas ou não existiam no momento dos incêndios.

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