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Gala de fado para recolher fundos para investigação científica

A associação dos doentes com miofascite macrofágica (E.3M.) vai organizar, este domingo, em Paris, uma gala de fado para angariar fundos para um trabalho de investigação que defende o abandono de adjuvantes de alumínio nas vacinas.

“Temos um projeto de investigação clínica muito importante e precisamos de dinheiro para revertermos à unidade de investigação do hospital. Este trabalho é para provar a toxicidade do alumínio. Queremos uma vacinação segura”, disse à Lusa a vice-presidente da associação Suzette Fernandes.

O trabalho de investigação sobre a miofascite macrofágica e os efeitos do alumínio nas vacinas está a ser feito por uma equipa do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale (INSERM) no Hospital Henri Mondor de Créteil, nos arredores de Paris, em parceria com a região Île-de-France.

O espetáculo vai realizar-se na sala de espetáculos Jean Dame, a partir das 15:30 locais (14:30 em Lisboa) e vai contar com os artistas residentes em França Joaquim Campos, Mónica Cunha, Jenyfer Raínho, Victor do Carmo, Dan Inger dos Santos, Manuel Miranda, Casimiro Silva e Tony Correia.

A associação E.3M., criada em 2001, no hospital Henri Mondor de Créteil, defende o abandono de vacinas com alumínio em França, tendo começado com cerca de 40 membros e tendo atualmente “cerca de 350”, nomeadamente Suzette Fernandes que, em 1999, foi diagnosticada com miofascite macrofágica, uma doença muscular rara, associada ao hidróxido de alumínio utilizado como adjuvante em certas vacinas.

Em 2012, Suzette e vários membros da E.3M. fizeram uma greve de fome na praça da Bolsa, no centro de Paris, tendo conseguido um financiamento de 150 mil euros para a investigação sobre a toxicidade do alumínio na composição das vacinas.

Suzette Fernandes quer criar uma associação para ajudar os doentes de miofascite macrofágica em Portugal, mas alega que “as dificuldades jurídicas” têm travado o processo, ainda que não tenha desistido do projeto.

“Não tenho ajudas de ninguém. Em Portugal, não é como aqui para criar uma associação. É muito complicado, mas ainda não desisti”, afirmou.

A miofascite macrofágica, que é rara, caracteriza-se por cansaço crónico, dores musculares e articulares e dificuldades neurocognitivas, afetando sobretudo a memória e a audição.

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