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Centenas prestam última homenagem a bombeiro de Castanheira de Pera

Centenas de pessoas começaram esta quarta-feira a juntar-se junto ao quartel dos bombeiros voluntários de Castanheira de Pera a uma hora do início do funeral de Gonçalo Conceição, que morreu no incêndio que lavra desde sábado na região.

Na Avenida dos Bombeiros Voluntários, são muitos os anónimos que querem esta tarde prestar uma última homenagem ao bombeiro de 39 anos, muito querido pela população.

A vítima “era conhecida em todo o lado. Toda a gente o estimava”, afirmou o antigo presidente da Câmara Júlio Henriques.

O corpo está dentro do quartel e todas as cadeiras estão ocupadas por familiares e amigos próximos, com o chão cheio de coroas e palmas oferecidas por conhecidos, instituições, corporações de bombeiros, empresas e organismos públicos.

Fora do quartel, à sombra, juntam-se muitas pessoas que irão integrar o cortejo, que vai partir às 18:00.

A bandeira do quartel está a meia haste e as ruas de acesso ao quartel estavam às 17:00 já vedadas pela GNR.

No café ao lado do quartel, ainda se assinam coroas de flores para Gonçalo Conceição, também conhecido na terra por ter um restaurante e estar ligado a várias coletividades, como a filial n.º 10 do Sport Lisboa e Benfica.

Entre as flores estão dedicatórias de moradores de aldeias vizinhas da vila de Castanheira de Pera, para agradecer não apenas à vítima, mas aos bombeiros em geral.

O bombeiro, casado e que deixa um filho, morreu na segunda-feira no hospital de Coimbra, onde estava internado, depois de ter ficado gravemente ferido pelo incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande, e se alastrou a outros municípios.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa marcou presença, assim como o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa e os líderes do Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP e PSD .

A descida da urna à terra foi marcada por momentos de silêncio e salvas de palmas, bem como sinos a rebate, acompanhados por guardas de honra dos bombeiros de Castanheira de Pera e de representantes de todas as corporações do distrito de Leiria.

No final das cerimónias, em declarações à Lusa, Fernando Lopes mostrou-se sensibilizado com a atitude dos políticos que “não vieram fazer política”.

“Espero que isto represente uma onda de unidade e solidariedade, quero acreditar nisso”, afirmou.

O presidente da Câmara apontou também que agora é tempo de calcular os prejuízos.

“Estamos a trabalhar já no terreno”, observou.

 

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